Promovido pela Coordenação Geral de Ações Estratégicas de Combate à Fome, em parceria com a Companhia de Desenvolvimento e Ação Regional (CAR), o 2º Seminário Estadual com as Cozinhas Comunitárias e Solidárias começa nesta quarta-feira (18) e vai até quinta-feira (19).

O evento, realizado no Fiesta Bahia Hotel, em Salvador, das 8h às 18h, tem como público-alvo 50 organizações sociais selecionadas no primeiro edital do Comida no Prato. O projeto, que recebeu do Governo do Estado um investimento de R$ 24 milhões, visa fornecer 20.000 refeições para pessoas em situação de rua, trabalhadores de baixa renda, desempregados, idosos, crianças e mães solo, entre outros grupos em situação de vulnerabilidade no território baiano. 

Com uma programação voltada à capacitação e à troca de experiências, o seminário integra o conjunto de ações para o enfrentamento à fome na Bahia, conforme explica o coordenador do Bahia Sem Fome, Tiago Pereira.

 "O primeiro dia do seminário será dedicado à apresentação de um panorama da segurança e insegurança alimentar no estado, acompanhado de um balanço das ações do Programa Bahia Sem Fome. Teremos ainda destaque especial para a valorização dos saberes ancestrais e culinários", anuncia ele, que destaca o encontro como uma oportunidade de integrar, qualificar e fortalecer as organizações que estão na linha de frente do combate à fome nos rincões do estado, fortalecendo nossa Rede de Equipamentos Integrados para o Combate à Fome.

No segundo dia do evento, a equipe vai abordar a produção de alimentos saudáveis, com ênfase na agricultura familiar e na agroecologia. O encontro será encerrado com a Oficina de Trocas de Saberes e Experiências das Cozinhas Comunitárias e Solidárias, que terá como uma das mediadoras a nutricionista Aisi Carvalho: "estamos trabalhando para que essas cozinhas não apenas forneçam refeições, mas também fortaleçam práticas de alimentação saudável e respeitem as tradições locais. 

O Comida no Prato é uma das principais estratégias do programa Bahia Sem Fome (BSF) no enfrentamento à insegurança alimentar e nutricional no estado. Com um investimento de R$ 24,2 milhões, a iniciativa já forneceu quase 2 milhões de refeições, distribuídas em 100 pontos de cozinhas comunitárias e solidárias, geridas pelas 50 organizações sociais, compostas por paróquias, institutos, ONGs, redes de mulheres, associações, cooperativas, centros comunitários, dentre outros.

Na Bahia, 844 mil pessoas ainda vivem em situação de insegurança alimentar grave, o que corresponde a 6,1% da população, segundo o módulo de Segurança Alimentar da Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua (PNADC). Os dados foram divulgados em abril deste ano pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).