Documento anexado ao ofício da Polícia Federal sobre o plano para matar o presidente Lula (PT) indica que os golpistas avaliavam que, em um primeiro momento, após o vice-presidente Geraldo Alckmin (PSB) assumir, isso colocaria a chapa vencedora das eleições de 2022 sob "a tutela principal do PSDB".
Alckmin foi filiado ao PSDB durante 33 anos e deixou o partido em dezembro de 2021. Em março de 2022, ele se filiou ao PSB para ser vice de Lula nas eleições daquele ano.
O documento cita o apelido Jeca para se referir a Lula e Joca para mencionar Alckmin, segundo a análise da PF. Um trecho cita a vulnerabilidade da saúde do presidente eleito e sua ida frequente a hospitais, o que abriria "a possibilidade de utilização de envenenamento ou uso de químicos para causar um colapso orgânico."
O plano diz que "sua neutralização [de Lula] abalaria toda a chapa vencedora, colocando-a, dependendo da interpretação da Lei Eleitoral, ou da manobra conduzida pelos Três Poderes, sob a tutela principal do PSDB".
A PF indica ainda que o plano era matar Alckmin para extinguir a chapa presidencial vencedora das eleições de 2022.
Por fim, há uma terceira pessoa citada nesse contexto sob o codinome Juca, que seria "iminência parda do 01 [Lula] e das lideranças do futuro gov". A morte dessa pessoa, segundo os planos, desarticularia os planos da "esquerda mais radical". A investigação não conseguiu identificar quem seria Juca.