O presidente da Câmara de Vereadores de Salvador, Carlos Muniz (PSDB), voltou a falar, nesta quinta-feira (2), sobre a quantidade de votos recebidos na eleição da CMS, que ocorreu durante a 1º, sessão da Casa em 2025. A declaração chega após o vereador demonstrar um descontentamento por não ter recebido os 41 votos que teriam sido acordados com alguns partidos e outros vereadores da capital baiana.
Durante entrevista à imprensa após o resultado da disputa, Muniz negou que estaria chateado, mas cobrou que os acordos fossem cumpridos por seus colegas.
“Não, na realidade, cada um vota como acha que deve votar. Eu sou uma pessoa democrática. Agora eu acho que acordo é para ser cumprido. Eu mesmo cumpro todos os meus. É por isso que eu exijo que acordo seja cumprido. Então se a gente não quiser nem poder fazer o acordo, eu acho melhor não fazer. É a melhor forma de você até se destacar em algo que é para o futuro. Eu acho que o destaque da pessoa em qualquer que seja a situação é a palavra”, disse.
O tucano apontou também que os acordos não serem cumpridos seriam “falta de ética” e “forma desleal”. No entanto, ele contou que não irá fazer “caça às bruxas” para descobrir quem não votou em seu nome para a presidência da CMS.
Não [vou perseguir ninguém]. Eu disse isso para vocês agora que cada um vota de acordo com a sua consciência. Eu acho só que as pessoas não podem fazer um acordo para não cumprir. Então, eu não faço nenhum [acordo] para deixar de cumprir. Eu acho que é falta de ética daquela pessoa que fez algo desse tipo. Não posso cobrar que ninguém cumpra comigo se eu passo a não cumprir com as pessoas. Então, é uma forma desleal de fazer política ou até de uma vida pessoal“, complementou.
O edil comentou ainda se agora em sua nova gestão está com dívida paga para um mandato independente com o ex-presidente da CMS, Geraldo Júnior (MDB)
“Na realidade, Geraldo Júnior continua sendo um irmão para mim, uma pessoa que eu gosto muito. Uma pessoa que, mesmo às vezes ele não ouvindo meus conselhos, eu aconselho. Eu aconselhei a ele não ser candidato a prefeito de Salvador, porque eu tinha certeza que ele não teria o apoio necessário da base que ele diria que apoiaria ele. Disse a ele no outro dia, após a derrota, que para mim ele foi um herói, não foi derrotado, porque ele não contava com o apoio que ele achava que ia contar. Na realidade, sou muito grato a Geraldo, porque pela primeira vez que fui presidente nessa Casa, não foi em votação, eu era vice-presidente, assumi a presidência, e uma das pessoas que fizeram que isso acontecesse foi Geraldo Júnior, e eu só tenho gratidão a ele", defendeu.